domingo, 24 de abril de 2011

Abelha Jataí


    Receber a visita e sentir o contato da abelha jataí tão perto é bom demais, elas são dóceis e sempre estão por perto, sua colméia há anos fica em uma casca de árvore próximo a casa sede, e lá deixamos elas em paz, sossegadas com suas produções, não extraímos seu mel devido a pouca quantidade e por ser apenas uma colméia que encanta e enfeita nosso pinheiro.

    Pesquisamos algumas curiosidades sobre o mel da jataí e dividimos com vocês.
    ******
    A criação de abelhas jataí (Tetragonisca angustula) tem se firmado como uma boa opção aos meliponicultores. 

    Abelha nativa do Brasil, com ampla distribuição geográfica - é encontrada do Rio Grande do Sul até o México -, a jataí tem algumas vantagens sobre as africanizadas ou européias pertencentes à família Apis. É uma abelha bastante rústica, que tem grande capacidade para fazer ninhos e sobreviver em diferentes ambientes, inclusive em zonas urbanas.

    Seu mel, além de saboroso e suave, é bastante procurado por suas propriedades medicinais. É usado como fortificante e antiinflamatório, em particular dos olhos. Além do mel, a jataí produz própolis, cera e pólen de boa qualidade. Em comparação com as abelhas com ferrão produz menor quantidade, mas o preço de venda é bem maior: um litro desse mel pode chegar a 100 reais. Mas a grande vantagem é que a abelha jataí é mansa e não tem ferrão. No máximo, dá uns pequenos beliscões ou gruda cerume nos intrusos quando se sente ameaçada. Essa característica permite que ela seja criada perto de casa, de pessoas e animais sem oferecer riscos de ataques. Estas abelhas de cor amarelo-ouro têm corbículas (aparelho coletor onde o pólen é recolhido) pretas. Visitam plantas cultivadas e fazem os ninhos em diferentes tipos de cavidades como as de tijolos, caixas de luz, cabaças, latas abandonadas, além de ocos de árvores vivas quando em ambientes mais naturais ou arborizados. Para iniciar a criação é aconselhável adquirir, em associações de apicultura ou com meliponicultores, três ou quatro caixas com as abelhas. O custo de cada caixa varia de 30 a 70 reais. Existem caixas de vários tipos, mas deve-se dar preferência àquelas feitas com madeira grossa, e não tratada, pois os produtos químicos podem intoxicar e até matar as abelhas. A melhor madeira é o cedrinho, devendo-se evitar as caixas de pinho, pois estragam rapidamente. Uma boa opção são as chamadas caixas racionais, formadas por várias gavetas baixas. Nessas caixas, o mel é armazenado em potes (feitos pelas abelhas) que ficam lado a lado, facilitando a retirada. É interessante lembrar que as abelhas armazenam separadamente o pólen e o mel em potes de tamanho semelhantes. Os potes de mel podem ser reconhecidos porque são mais transparentes, enquanto os de pólen são opacos. Uma vez instaladas nos ninhos, a criação não necessita de cuidados especiais. Se a colônia ficar fraca (o que pode ser percebido quando há ataques de formigas ou de outras espécies de abelhas), deve-se fornecer um xarope de água com açúcar como complemento alimentar. Se na região houver outras jataís, os ninhos irão atraí-las. Quando a colônia estiver bem forte, ocorre o enxameamento, ou seja, parte da população vai deixando o ninho para formar um outro por perto. A colméia pode ser dividida, para formar uma outra, depois de um ano, de preferência na primavera. Para retirar o mel, também deve-se esperar a primavera, tendo o cuidado de deixar uma quantidade para as abelhas poderem se alimentar. Depois de furar os potes, o mel é retirado com uma seringa de injeção esterilizada. O mel de abelhas sem ferrão fermenta rápido, por isso deve ser guardado na geladeira assim que for retirado. A criação pode ser feita perto de casa, pois a jataí não oferece perigo. Depois que as abelhas se instalam nos ninhos, a atividade não necessita de cuidados especiais.

    Vejam abaixo como extrair o mel de jataí.
Obrigado por nos visitar.
Abs.
QV



Fonte: Globo Rural

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Chá-verde e Tai chi chuan


Boas notícias e mais Qualidade de Vida.


O Chá-verde e tai chi chuan melhoram a saúde dos ossos e reduzem a inflamação em mulheres na menopausa, segundo um estudo apresentado em um congresso de biologia nos EUA.

A pesquisa, feita com recurso dos Institutos Nacionais de Saúde americanos, estudou 171 mulheres na pós-menopausa. A idade média das voluntárias era de 57 anos. Todas tinham risco de osteoporose e foram divididas em quatro grupos para a pesquisa.

Um tomou placebo e não fez tai chi chuan. Outro tomou pílulas com antioxidantes do chá-verde e também não fez o exercício. O terceiro tomou placebo e fez tai chi três vezes por semana, e o quarto grupo tomou antioxidantes e fez tai chi.

Todos os grupos foram acompanhados por seis meses.
O consumo das cápsulas de polifenois (em níveis equivalentes a quatro a seis xícaras de chá por dia) e a participação nos exercícios de tai chi aumentaram a densidade óssea e a força muscular das mulheres, diminuindo os marcadores biológicos do estresse oxidativo, que leva a inflamações. 



O chá verde é um tipo de chá feito a partir da infusão da erva Camellia Sinensis. É chamado de verde porque as folhas da erva sofrem pouca oxidação durante o processamento, o que não acontece com as folhas do chá preto. Algumas outras ervas são vendidas a título de chá verde, porém o verdadeiro chá verde é o feito a partir da folha do arbusto Camellia Sinensis.

A preparação do chá verde difere um pouco dos chás tradicionais. A água não deve estar fervendo, pois do contrário as folhas acabam sendo cozidas e proporcionando um gosto amargo à bebida. O tempo de infusão também não deve ser maior que 3 minutos.



O Tai Chi se baseou na natureza - da observação de animais, por exemplo - mas sua efetiva fonte de energia encontra-se totalmente em nosso interior.
Apesar de suas raízes estarem na antiga China, o Tai Chi Chuan é muito indicado para os ocidentais. Ele pode dar aos que vivem no ritmo veloz das cidades urbanas, um fator de compensação em suas vidas.

Relaxa a mente, assim como o corpo. Auxilia a digestão, acalma o sistema nervoso, é benéfico para o coração e a circulação sanguínea, tornam flexíveis as articulações e rejuvenesce a pele.

Viva com mais Qualidade de Vida, temos vários caminhos e com certeza esse é um deles.


Saúde e harmonia para todos.


Abçs. QV

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Bambu ... tudo de bom !



As Sete Verdades Do Bambu

Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:
Vovô, corre aqui !
Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que   precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com vento e com chuva, e este bambu tão fraco continua de pé ?

Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.


A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.


Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.


Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.


A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.


A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” ( e não de eu’s ). Como ele é ôco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.


A sexta verdade é que o bambu é ôco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser ôco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.


Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. 
Essa é a sua meta.



O bambu nas construções


Há milênios, esse material dá forma a casas tradicionais em países como o Japão e a China. Nos últimos anos, pesquisas na construção civil avalizaram sua resistência e durabilidade. Arquitetos do mundo todo redescobriram o bambu e passaram a usá-lo em modernas obras públicas.
A necessidade de repensar o consumo de materiais na construção para torná-la mais sustentável do ponto de vista ambiental atrai olhares para a exploração de novas alternativas. E o caso do bambu, visto como a promessa para este século. Pesquisador desse recurso há cerca de 30 anos, o professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ, não tem duvidas sobre seu potencial.
"Estudei 14 espécies e três delas, em especial, tem mais de 10 cm de diâmetro e são excelentes para a construção", diz ele, referindo-se ao guadua (Guadua angustifolia), ao bambu-gigante(Dendrocalamus giganteus) e ao bambu-mossô (Phyllostachys pubescens). Todos são encontrados no Brasil, onde existem grandes florestas inexploradas de várias espécies. No Acre, por exemplo, os bambuzais cobrem 38% do estado.
De crescimento rápido (em três anos, esta pronta para o corte), essa gramínea gigante chama a atenção, a principio, pela beleza. Mas sua resistência também surpreende: de frágil, ela não tem nada. "Sua compressão, sua flexão e sua tração ja foram amplamente testadas e aprovadas em laboratório", afirma Marco Antônio Pereira, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Unesp, em Bauru, que mora ha dez anos numa casa de bambu.
O arquiteto Edoardo Aranha, pesquisador da Unicamp, faz coro: "Se tratado adequadamente, ele apresenta durabilidade superior a 25 anos, equivalente a do eucalipto, por exemplo", afirma. Ele se refere aos tratamentos químicos para remover pragas como brocas e carunchos (cupins não se interessam pelo Bambu).




Bambu massagem
Técnica, originária do Nepal e aprimorada pelo fisioterapeuta francês Gill Amsallem, traz por trás de cada manobra a mística oriental.

De acordo com esta filosofia, o bambu capta a energia durante cinco anos dentro da terra e após esse período cresce rapidamente, sendo muito resistente e flexível, pois no período de crescimento ele passa por chuvas, vento, sol e não quebra!

Esta massagem trabalha o corpo todo e a nossa mente!

Além de relaxar, estimula a diurese, melhora a oxigenação, renova e desintoxica todas as células do corpo.

Com a utilização de cremes e óleos com os florais dentro, os bambus deslizam a partir dos nossos pés e chegam até a área do rosto e da cabeça, nos transmitindo força, beleza, leveza e, principalmente, a sabedoria oriental de "sermos resistentes e flexíveis" na vida

Mel doce Mel



O mel é uma substância doce, manufaturada pelas abelhas a partir do seu néctar e guardada dentro das colméias para ser utilizado como alimento.
É um alimento totalmente natural, que é proveniente de um órgão das flores, o nectário. Além de ter a função de adoçar, ajuda cuidar da saúde e do bom funcionamento do nosso organismo e trata doenças como: gripe, asma, amigdalite e bronquite.
O mel é uma ótima fonte de energia e menos calórico que o açúcar. É rico em proteínas, vitaminas e sais minerais, auxiliando em problemas respiratórios, funções intestinais e sistema circulatório. O mel tem ação bactericida, anti-séptica, cicatrizante e revigorante.

  • Ajuda a tratar doenças respiratórias
  • Tem função cicatrizante e protetora na pele
  • Protege o fígado, promovendo a regeneração de suas células
  • Reforça o sistema imunológico
  • Tem ação antibacteriana e antiinflamatória
  • Auxilia em problemas de circulação e dos músculos
  • Ele facilita a digestão dos alimentos, regula o intestino e ativa o apetite
  • Auxilia no tratamento de doenças do coração

Mas atenção: para conseguir esses efeitos o mel tem que ser puro. Para saber a procedência do produto observe se o rótulo traz o selo do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Saúde (S.I.F).
 





Composição do Mel

A composição nutricional depende de muitos fatores como origem do néctar, a espécie de abelha que o produziu, tipo da flor e do solo e condições climáticas.
O mel contém em média 20% de água, 80% de açúcar (glicose e frutose), e pequenas quantidades de pólen, cera e sais minerais. Possui também aminoácidos, proteínas, enzimas e ácidos orgânicos.

Cuidados

O mel não deve ser aquecido acima de 40 graus para não que suas enzimas não sejam destruídas. Quando se desejar descristalizá-lo, deve-se colocá-lo em Banho Maria a 40°C (calor suportável quando se põe a mão dentro da água) e descristalizá-lo lentamente.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Carta do Zé agricultor



Luis, quanto tempo!

Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.

Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite
,de madrugada pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?

Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade.

To vendo todo mundo falar que nós da agricultura estamos destruindo o meio ambiente.

Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.

Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?

Pra ajudar com as vacas de leite contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?

Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender

no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.

Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas
leis. 

Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem 
fiscal do trabalho para acudi-lo.

Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia,isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.

Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de biodigestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?

Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.

Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava

morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.

Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.

Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia.. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.

Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.

Até mais Luis.

Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta em papel reciclado pois não existe por aqui, mas aguarde até eu vender o sítio.


"Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano".

terça-feira, 22 de março de 2011

22 de março - Dia Mundial da água


O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU no dia 22 de março de 1992,  destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

A  ONU se preocupou com a água porque sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido e a razão é que pouca quantidade, cerca de  0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.
E nossa colaboração será de algumas dicas para economizar e evitar o desperdício, se todos fizerem sua parte, com certeza não irá faltar.


  • Feche a torneira enquanto escova os dentes ou passa o creme de barbear.
  • Não tome banhos demorados.
  • Não acione a descarga desnecessariamente.  



  • Não use a mangueira para limpar as folhas da  calçada e sim vassoura.
  • Não lave o carro com mangueira, use balde e um pano


  • Antes de lavar pratos e panelas limpe bem os restos de comida e jogue no lixo.
  • Feche a torneira enquanto ensaboa a louça. 
  • Para lavar a louça coloque água até a metade da pia com detergente e deixe de molho.Ensaboe.Depois, coloque água na pia de novo e enxágue.
  • Só ligue a máquina de lavar louça quando estiver cheia.   


  • Na lavanderia deixe a roupa acumular e lave tudo de uma vez.
  • Feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa.
  • Só ligue a máquina de lavar roupa quando estiver cheia.  
  • Torneira pingando desperdiça muita água, sempre que necessário troque o courinho.
  • Verifique o vaso sanitário jogando cinzas no fundo da privada.Se houver movimentação, é porque há vazamento.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Árvores da Serra da Mantiqueira

A região da Serra da Mantiqueira é o pulmão verde da região sudeste, dominada por uma rica vegetaçãosua flora é parte do ecossistema da Mata Atlântica e suas matas estão repletas de diversas espécies de árvores, como Quaresmeira, o Ipê, o Pinho Bravo e bosques de Araucária, dentre outras.


ARAUCÁRIA 



A Araucária é uma árvore alta, elegante com copa em formato de cálice, conhecida como, o pinheiro do Paraná.

No passado antes que as lavouras tomassem conta dos campos do sul do Brasil, a presença da Araucária era tão comum que os índios chamavam de “Curitiba” (que quer dizer “imensidão de pinheiros”) toda a extensa região, onde estas árvores predominavam. Agora dá para entender o nome da capital do Paraná não é mesmo?

A Araucária está presente no planeta desde a última glaciação, que começou há mais de um milhão e quinhentos mil anos. Esta planta já ocupou uma vasta área equivalente a duzentos mil quilômetros quadrados predominando no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e com manchas no sul de Minas gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Campos do Jordão é um município do estado de São Paulo, localizado na Serra da Mantiqueira, a uma altitude de 1 628 m, sendo o mais alto município brasileiro (altitude da sede, onde está localizada a prefeitura).

Essa cidade, é o último local, onde as Araucárias aparecem de forma natural, na Latitude de 22° 44’ 22” S.

A Araucária é uma espécie resistente, pertence à família da Araucariáceas e originária do Sul do Brasil. Só pode existir junto às terras altas dos planaltos e das serras em climas com temperaturas moderadas durante o ano. Suas características são: um tronco longo, podendo atingir mais de 50 metros de altura e seu fruto, a pinha, contém de 10 a 150 sementes, os famosos pinhões, que são muito nutritivos, servindo de alimento a aves, animais e ao homem.
O esquilo se alimenta dos pinhões e carrega a semente, plantando-a com a intenção de ter uma reserva de alimento e sem querer acaba ajudando na reprodução da árvore.

O homem com sua exploração indiscriminada da Araucária colocou-a na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçada de extinção. Dos 20 milhões de hectares originalmente cobertos pela floresta de Araucária, restam atualmente, cerca de 2% dessa área.
A polpa do pinhão é formada basicamente de 57% de amido, sendo muito rica em vitaminas do complexo B, Cálcio, Fósforo e proteínas





QUARESMEIRA 





A Quaresmeira também é conhecida manacá-da-serra.
É uma espécie pioneira, característica da encosta úmida da Serra do Mar que ocorre do Rio de Janeiro até Santa Catarina. É encontrada quase exclusivamente na mata secundária, chegando, por vezes, a dominar a paisagem e podendo viver de 60 a 70 anos. 
Além da importância ecológica, a quaresmeira é muito utilizada na arborização urbana, com fins paisagísticos, devido à beleza de suas flores e por não apresentar raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isoladas em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. Seu crescimento é rápido.

Elas têm esse nome porque parte da floração mais intensa é próxima ao período religioso da Quaresma, que vai da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa, período de reflexão que antecede a Páscoa para os católicos. Outra coincidência: a cor símbolo da Páscoa é o roxo, mesma tonalidade de cor das flores da quaresmeira.

As flores são solitárias, grandes, vistosas e duráveis. Desabrocham com a cor branca e gradativamente vão se tornando violáceas, passando pelo rosa. Esta particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três cores.

Sua madeira apesar de ser de qualidade inferior é indicada para a construção de vigas, caibros, obra internas, postes, esteios e moirões para lugares secos.

Estresse faz as quaresmeiras florirem

Na mata original, a quaresmeira pode viver de 60 a 70 anos. Com o estresse da cidade, elas vivem menos de 50 anos e podem florescer três vezes por ano. As maiores vítimas do estresse são as quaresmeiras que se encontram isoladas nas ruas. Os vilões são o monóxido de carbono, produzido pela queima de combustível dos veículos, e o ozônio. A falta de adubação, o pequeno espaço para crescer e expandir suas raízes e as podas drásticas também apressam a morte das quaresmeiras.

IPÊ AMARELO

O ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécieTabebuia vellosoi, a Flor Nacional. 
Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país.


Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho.

De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos. Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma chrysotricha e Handroantus chrysotrichus.

Conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é muito valorizada, sendo bastante utilizada na construção civil e naval.

Hoje é muito difícil encontrar uma árvore de ipê-amarelo em meio à mata nativa, quando isso acontece, o espetáculo é grandioso e merece ser apreciado com calma e reverência. Podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor no meio da mata, contrasta com o verde das outras árvores.

As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores produz um belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades. 
Sendo uma espécie caducifólia, o período da queda das folhas coincide com a floração que se inicia no final do inverno. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada do ipê amarelo. As flores desta espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são importantes agentes polinizadores. 

PINHO BRAVO

O Pinheiro-bravo ou Pinho-bravo, como também é conhecido, é uma árvore encontrada na Floresta com Araucárias sendo, portanto, mais restrita ao sul do país. Contudo, ainda podem ser encontradas em pequenos fragmentos nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Esta árvore geralmente ocorre em ambientes de clima mais frio, podendo ser encontrada em solos de baixa fertilidade. Ainda pode ser evidenciada nas Matas de Galerias, ao longo dos cursos de rios, em campos rupestres, em encostas e topos de montanhas. Ocorre em lugares onde há uma grande incidência luminosa, uma vez que necessitam de muita luz para se desenvolverem.

Podendo atingir até 14 metros de altura, com um tronco de coloração parda e acinzentada. Do mesmo, a exploração de sua madeira permite a confecção de inúmeros materiais, de celulose e papel. Sua lenha pode ser utilizada para a queima. No entanto, certamente esta árvore contribui muito mais quando está viva.

Suas sementes podem ser utilizadas como fonte de alimento tanto para animais quanto para os homens. Elas são recobertas por uma película adocicada, diferente das camadas encontradas nos frutos verdadeiros. Sendo assim, muitas aves procuram as sementes destas árvores para se alimentarem. Devido a sua forma majestosa, são utilizadas no paisagismo de praças, parques e outras áreas urbanas, bem como na recuperação de áreas degradadas.

Pelo fato de estar associada principalmente com as Florestas de Araucárias, o Pinheiro-bravo encontra-se ameaçado devido à elevada exploração desses ambientes. Nas últimas décadas, o Paraná tem observado uma drástica redução na cobertura deste tipo florestal, restando menos de 1% destes ambientes. Seja pela conversão de sua paisagem em campos agricultáveis, pastos ou simplesmente pela derrubada da vegetação, as espécies que ocorrem nesse bioma padecem com a fragmentação, tendo suas populações drasticamente reduzidas.